sexta-feira, janeiro 13, 2006

De Matosinhos a Grândola

Era especialmente importante para a campanha de Alegre evocar Álvaro Cunhal? E ir à lota de Matosinhos para homenagear Sousa Franco? Traz algum elemento relevante para esta eleição presidencial?
O que traz, e é por isso que Alegre insiste em fazer estes números, é a resposta irritada do PCP e da viúva de Sousa Franco. Isto é, traz o oxigénio de Alegre, a única coisa que, infelizmente, joga a seu favor: a vitimização e uma rebeldia de algibeira. Por isso, sobre Cunhal respondeu prontamente que "não há donos de personalidades históricas" e sobre a lota afiançou que “não há lugares proibidos em Portugal”.
Donos e proibições. Uma espécie de memória de Abril pequenina e oportunista. Ou será que Alegre até gosta de ver Cavaco a cantar a Grândola?