sábado, fevereiro 25, 2006

Ironias

Depois do triste episódio de David Irving, uma suprema ironia numa altura que a Europa se mostra tão irredutível relativamente às ofensas sentidas pelos muçulmanos com os cartoons, eis que surge a história de Ken Livingstone, o conhecido presidente da câmara de Londres. Foi ontem suspenso por ter comparado um jornalista judeu a um guarda dum campo de concentração.
Quando surgiu a história dos cartoons da Dinamarca também não faltou quem recordasse o quão a Dinamarca é um país cosmopolita e defensor das minorias. Neste domínio, não falta currículo a Livingstone.
O mayor excedeu-se, é verdade. E podia ter pedido desculpas. Mas a sanção dura de que foi alvo é, no mínimo, descomedida.
A liberdade de expressão está reduzida a uma conveniência.